segunda-feira, 16 de março de 2009

Chuvas causam destruição em BH

No início da noite desta segunda-feira os moradores da capatal mineira foram surpreendidos com um temporal que deixou muita destruição. A chuva forte que caiu durante cinquenta minutos deixou ruas e avenidas debaixo d'água. Vários carros foram arrastados pela correnteza. No bairro Santo Agostinho, próximo à Assembleia árvores foram arrancadas e o trânsito ficou congestionado.A Defesa Civil ainda não forneceu os números de desbrigados, mas especilaistas garantem que esse foi um dos mais devastadores temporais que caiu em Belo Horizonte.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Estudante quer virar blogueiro

Ao final de mais um ano letivo, são muitos os recém formados que ingressam no mercado de trabalho.Carlos Lyra, 49 anos, é um desses estudantes que depois de fazer a opção pelo jornalismo, pretende produzir um documentário como trabalho de conclusão de curso.

Carlos declara que sempre se interessou pela atividade jornalística e que o fato de trabalhar em um jornal da capital mineira foi determinante na sua opção pela profissão. Afirma que a faculdade deu a ele oportunidade de ampliar a aptidão pela escrita e que, o curso atendeu essa expectativa, pois se sente mais capaz de elaborar as leituras que passaram a fazer parte de seu cotidiano.

O estudante é membro da Igreja Batista e segundo ele o jornalismo vem ajudando a ampliar sua capacidade de argumentação para elaborar suas palestras nas reuniões da igreja. Carlos afirma ainda que o webjornalismo é uma área em que pretende atuar pois vê na ferramenta um espaço para interagir tanto com a comunidade religiosa quanto secular.

Em relação ao documentário, o estudante declara que a escolha foi pautada no jornalismo social, pois o tema do trabalho é o registro do Academia da Cidade, um projeto do Bairro Ribeiro de Abreu, zona oeste da capital, que foi desenvolvido sob a forma de mutirão pelos moradores da comunidade. Hoje o projeto é uma realidade com uma academia funcionando com equipamentos construídos com material reciclado e que já conta com o apoio da prefeitura de Belo Horizonte.

Segundo do êle o trabalho vai ser produzido, de forma didática para ser usado nos projetos sociais da igreja, da comunidade e quem sabe nas aulas que pretende dar. Para isso planeja continuar os estudos e optar pela vida acadêmica.Carlos quer ainda escrever um livro, um sonho que alimenta há muitos anos.


Veja um pouco mais sobre documentarios no vídeo abaixo:

Leia também:

Projeto do Aglomerado da Serra vira documentário

segunda-feira, 9 de março de 2009

Irresponsabilidade no jornalismo brasileiro















foto extraída de http://www.diariodopara.com.br/imagensdb/163130paula_oliveira_brasileira_agredida.jpg



A advogada brasileira Paula de Oliveira, que afirma ter sido atacada por três skinheads e sofrido aborto de gêmeos após o espancamento, passou de vítima a acusada. De acordo com a policia suíça a brasileira não estaria grávida quando ocorreu o suposto espancamento. O diretor do Instituto de Medicina Forense da Universidade de Zurique, Walter Bär, afirmou que resultados dos exames feitos na brasileira confirmam que ela não estaria grávida e que os cortes no corpo dela foram superficiais e realizados em locais que poderiam ser alcançados por ela mesma.

O Ministério Público da Suíça investiga a brasileira ,que se condenada pode ser sujeita a penas como tratamento psiquiátrico, multa ou até mesmo prisão de três anos.
A revista suíça “Weltwoche” põe em dúvida a versão de Paula e afirma que a brasileira confessou que tudo não passava de uma farsa. Policiais entrevistados pela revista, levantaram a hipótese de que a Paula poderia estar interessada em ganhar uma indenização do governo no valor de R$ 100 a R$ 200 mil caso ela fosse vítima de ato violento seguido de aborto. As noticias veiculadas tiveram repercussão em outras publicações do país.

Esta não é a primeira vez que brasileiros fora do país vão para a imprensa internacional por serem percebidos como marginais. Basta lembrar o caso do mineiro Jean Charles morto por policias no metrô Londres e musico Guinga agredido por policiais no aeroporto de Madrid.
A imprensa brasileira por sua vez viciada na espetacularização da notícia não agiu de maneira diferente desde o início desse episódio. Toda a mídia, de maneira irresponsável sem a devida apuração, transmite e publica informações do caso, preocupada apenas com o sensacionalismo e com a famigerada audiência. Mais uma vez a emoção, e a solidariedade da população brasileira é manipulada pela imprensa. O Itamaraty e o governo Lula se deixam levar pelas notícias veiculadas e “metem os pés pelas mãos” deixando a cônsul-geral do Brasil em Zurique,Vitória Clever, passar por uma situação constrangedora junto à polícia local.

Para o jornalista Rui Martins do observatório da Imprensa essa é a maior “barriga” da história de nosso jornalismo e vai sempre ser lembrada nos cursos de comunicações. Para nós estudantes de jornalismo “quase prontos” para entrar nesse mercado fica a certeza de que é preciso mais do que o estudo de casos para nos tornarmos capazes de fazermos um jornalismo diferente desse.
Nos mesmos cursos de comunicação, também somos lembrados que a questão não é só o sensacionalismo e a falta de profissionalismo. A precipitação é reflexo do mundo atual, cheio de pressa, tudo em tempo real, não sobrando espaço pra pensar, avaliar e discutir. Nas redações desse novo jornalismo não dá para parar e investigar, senão a notícia fica velha. E pior, com a concorrência acirrada a decisão de não publicar é vista como um luxo.

Mas vale lembrar que essa opção continua existindo mesmo que não praticada. Basta lembrar a postura adotada por um determinado veículo no caso da Escola Base em São Paulo. É uma questão de foro íntimo. Episódios como esses não vão faltar na nossa caminhada profissional. O que vai pesar na balança é o conjunto de valores intrínsecos do profissional de jornalismo. Enquanto isso vamos torcendo para termos a sorte de fazer parte de uma equipe com algum profissional dessa estirpe. Pode ser o “último dos moicanos” mas quem sabe a gente vem para não deixar que ele seja o último.