segunda-feira, 13 de abril de 2009

Na Região do Prado os negócios se proliferam: de ensino à alimentação tudo é comercializado

A mercantilização do ensino no país não tem sido preocupação não só dos Sindicatos dos Professores e Escolas Particulares mas também dos estudantes. Essa visão comercial da educação tem provocado a implementação de “instituições” no setor de ensino, com pouca preocupação com a qualidade do produto e serviços oferecidos.

Aqui em Minas não tem sido diferente. A insatisfação dos alunos com a faculdade Estácio de Sá não é de hoje.
A Estácio é uma faculdade particular e pertence a um grupo de ensino com sede no Rio de Janeiro, cujo slogan é “ Estude na Estácio. Uma das maiores instituições de ensino do país. E uma das melhores”.

Para o aluno Cirdes Lopes, estudante do sétimo período de jornalismo, essa propaganda não corresponde ao que é oferecido

De acordo com os estudantes, a Faculdade oferece um estrutura precária em todas as áreas desde o início do curso.
Os laboratórios tanto de televisão, webjornalismo e rádio tem equipamentos insuficientes para o número de usuários além de má conservação. O serviço de secretaria é inadequado para o número de alunos e a biblioteca possui um acervo aquém da necessidade dos cursos oferecidos.

No último dia vinte um grupo de estudantes resolveu colocar em prática sua indignação e reinvindicar seus direitos sendo criado o MAU-Movimento dos Alunos Unidos com o objetivo de procurar soluções para problemas estruturais que se estendem há vários semestres. Foi criado também o blog deolhonaestacio.blogspot.com para que os integrantes possam acompanhar o movimento.

A escola também não oferece um local de alimentação para os alunos e o espaço de convivência passa a ser a rua. Esta situação tem provocado o deslocamento dos estudantes para fora da unidade, onde funciona um comércio de alimentos , nas imediações da Faculdade.
Em conseqüência desse fluxo intenso de jovens a instalação de bares se tornou oportuna e os estudantes nem sempre voltam para a sala de aula depois de uma cerveja ou outra.
Aliado a isso, o fluxo de pessoas é feito livremente pois a escola não oferece nenhum controle nesse sentido e em consequência a segurança nas dependências da faculdade também fica vulnerável.

Enquanto isso os alunos dos últimos períodos do curso de jornalismo, se mantém preocupados com problemas que exigem solução imediata, como o caso dos laboratórios de informática, que hoje não permitem que o plano de curso de webjornalismo seja cumprido em tempo suficiente para término do curso. E a sensação de comprar “gato por lebre” continua.



Ouça abaixo trecho da entrevista com um aluno:



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