segunda-feira, 15 de junho de 2009

Exibição de "São Bernardo" na Estácio



No primeiro dia da 4ª Mostra de Cinema da Estácio de Sá-BH, dois filmes brasileiros foram selecionados para serem exibidos. Pela manhã o escolhido foi o documentário“O Prisioneiro da Grade de Ferro” de Paulo Sacramento. Á noite o longa “São Bernardo”, numa versão digital da obra de Leon Hirszman. O filme com um roteiro baseado no romance de mesmo nome do escritor Graciliano Ramos foi filmado em 1971, na cidade de Viçosa em Alagoas onde viveu Graciliano.


A história apesar de se passar há muitas décadas , trata de um tema bastante atual. A ambição e os conflitos entre ser e ter de um mascate no interior do nordeste brasileiro. O longa recebeu vários prêmios em festivais e ganhou o Prêmio Air France de l973 como melhor filme. Para comentar a obra foi convidado Marcelo Miranda, jornalista e crítico de cinema dos jornais “O Tempo” e “Pampulha”.


O filme é até hoje objeto de estudo em vários cursos de cinema e é considerado uma das melhores produções brasileiras da década de 70. Este foi o primeiro filme distribuído pela Embrafilme. O longa teve problemas com a Censura, que o reteve por sete meses, o que ocasionou a falência da produtora Saga, da qual Hirszman era um dos sócios. Na preparação do roteiro, o cineasta se inspirou num ensaio de Antônio Cândido, publicado no livro Tese e Antítese.


No filme, Paulo Honório é uma mascate, filho de camponeses que cria uma obsessão, arrancar a fazenda São Bernardo das mãos de seu dono, Luiz Padilha, transformando este em seu empregado. Depois de alcançar seu objetivo com muita astúcia e violência, o mascate faz a fazenda prosperar e torna-se temido pelos empregados e fazendeiros vizinhos.
Mobilizado pela necessidade de manter suas posses, garantida por um herdeiro decide se casar e escolhe a professora esquerdista Madalena. Casam-se, mas o humanismo e sensibilidade da professora se chocam com a rudeza de Paulo Honório, ficando no ar a suspeita de que ela o trai, física e politicamente.

Daí por diante, Paulo Honório passa a viver dentro de um clima de ciúme motivado por sua imaginação possessiva. Um dia, descobre uma folha de papel na qual reconhece a letra de Madalena. Pensa que é parte de uma carta para um amante. Discutem e Madalena suicida-se. Honório é então um homem arrasado, torturado pelas dúvidas, solitário. No fim da vida, escreve suas memórias.

O filme possui uma bela fotografia e um enredo que vai num crescente deixando o telespectador preso à narrativa de Paulo Honório.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Debate sobre Cinema na Estácio

Nessa manhã de terça-feira, segundo dia da 4ª mostra de Cinema Comentado da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte, foi exibido o filme“Eu,você e Todos Nós, de Miranda July, com cometários de Clarisse Alvarenga,jornalista e mestre em Multimeios pela Unicamp. Ontem foi o dia de 'São Bernardo" filme de Leon Hirszman, e do "Prisioneiro da Grade de Ferro" ,documentário premiado do cineasta Paulo Sacramento.

Você que perdeu os filmes da mostra não se preocupe. Hoje a noite tem mais e quarta-feira dia 10, também.Ás 19h30 é a vez do filme “Quantum of Solace, de Marc Foster e os comentários ficam por conta de José Ricardo, crítico de cinema e mestrando em Cinema pela UFMG. Na quarta-feira, ás 08h da manhã os amantes da sétima arte vão poder assistir “Cinema Paradiso” de Giuseppe Tornatore, produzido em 1988 e comentado por Marcelo La Carreta, bacharel e mestre em Cinema pela UFMG.

Para encerrar o evento está programado para exibição às 19h30 da noite o filme brasileiro “Romance”, a mais recente produção de Guel Arraes. Para comentar este filme foi convidada Ivete Walty, professora da Faculdade de Letras da UFMG e doutora em literatura comparada pela USP.

Este ano a mostra conta com duas novidades, comenta o professor Marcelo Freitas. A primeira é que o evento não teve um tema definido como nos anos anteriores. Os filmes foram escolhidos pelos próprios convidados de acordo com seus conhecimentos e experiências na área de cinema. A outra novidade é que os comentaristas, antes de cada exibição, foram convidados a presentar alguns pontos de atenção a serem observados pelos alunos durante os filmes, o que vem enriquecendo os debates ao final de cada sessão.

A mostra que também é aberta ao público, tem como objetivo desenvolver nos alunos, um olhar mais apurado da linguagem cinematográfica. O evento é no Auditório JK no Campus Prado, Rua Erê, 207, Bairro Prado.BH.Mais informações pelo telefone (31) 3270.1500.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vander Lee é só sucesso

A carreira de Vander Lee, começou nos bares de Minas. Em 1987, o cantor fez sua primeira apresentação com músicas suas no projeto ‘Segunda Musical’ no Teatro Francisco Nunes. Depois de passar um período fora dos palcos, em 1996 ganhou o segundo lugar do festival ‘Canta Minas’ realizado pela Globo Minas com a música ‘Gente não é cor’.Depois dessa conquista no festival o artista produziu seu primeiro cd independente, assinando ainda como Vanderly no ano de 1997. Depois de várias tentativas, foi sugerido o nome Vander Lee, que o acompanha até hoje.

O cd não obteve uma venda significativa, mas conquistou os primeiros fãs do cantor. Em novembro de 1998 Elza Soares conheceu o trabalho desse talento mineiro e incluiu a música ‘Subindo a Ladeira’ em seu repertório de show. Vander Lee a convidou para assistir um show seu em BH e ela além de aceitar o convite, dividiu o palco com ele. A partir daí, ele realizou várias participações com a cantora em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.
Seu segundo cd, ‘No Balanço do Balaio’ foi lançado em 1999 pelo selo da Kuarup, com participações de Mauricio Tizumba, Tambolelê, Raquel Coutinho e o pai do cantor, José Delfino. O disco rendeu boas críticas mas circulou somente em Minas, Rio e São Paulo.

Vander Lee movimentou mas a carreira artísitca, quando várias cantoras gravararem suas músicas, como Rita Ribeiro, Gal Costa, Emilinha Borba, Lúdica Música, Alcione, Leila Pinheiro, Paula Santoro, Margareth Menezes, Eliana Printes, Luiza Possi, Selmma Carvalho. Até hoje um grande número de mulheres gravam suas canções.
Em 2003, o terceiro cd “Ao Vivo” leva o cantor para os finalistas do “Prêmio Tim de Música”, nas categorias Melhor Disco e Melhor Cantor da Canção Popular.

Em 2006, Vander Lee gravou o cd e DVD ‘Pensei que fosse o céu’ no Grande Teatro do Palácio das Artes, em um show emocionante, com uma banda de peso e a participação de Zeca Baleiro. Além disso, gravou também seu segundo DVD, o ‘Entre’, um acústico com convidados (Renato Motha, Regina Souza, Maurício Tizumba) que será lançado em breve.

No ano de 2007 Vander Lee fez turnê pelo Brasil com o disco ‘Pensei que fosse o céu’ e conquistou o Prêmio TIM de melhor disco de canção popular com o trabalho. No ano seguinte foi selecionado pelo forúm de música de MG para fazer um show internacional em Turin (Itália).

Esse ano começou com boas surpresas.Vander Lee foi um dos cinco artistas mineiros selecionados para participar do Festival SXSW em Austin, Texas. No mês de abril, lança seu mais novo cd, intitulado ‘Faro’. A produção é de Marcelo Sussekind, o cd temum estilo mais pop e possui 12 faixas, sendo 10 inéditas. As outras duas músicas do disco são bem especiais: um poema musicado de Cartola, chamado ‘Obscuridade’ e uma versão de ‘Ninguém vai tirar você de mim’, sucesso na voz de Roberto Carlos. Participam do cd o africano Lokua Kanza, Regina Souza, Renegado. No mês de maio, Vander Lee se apresenta no Festival Romerias de Mayo em Cuba, juntamente outros artistas mineiros. As shows do cantor são marcados de muita emoção e poesia.
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